Com a categoria de sempre, o escritor Wilson Garcia enriquece com seu comentário nossa reflexão sobre a questão do público nos Centros Espíritas:
Caro Fernando,
Seus comentários são asolutamente coerentes e alcançam, asseguro-lhe, também as demais regiões do país, onde encontramos inúmeros centros espíritas em situação semelhante.
Poderíamos estender seus comentários para dois outros eixos: 1)as atividades mediúnicas, onde o cuidado com os estudos e as práticas caminham a passos largos para a negação da própria mediunidade, no sentido de reduzi-la ao máximo em importância como atividade do centro, com consequências imediatas e diretas sobre os médiuns, atuais ou potenciais; 2) a centralização das atividades no caráter consolador/religiosista, tornando monótonas, repetitivas e desinteressantes as reuniões públicas, que, assim, viram as costas para a realidade social e perdem a oportunidade de inserir o centro nas grandes questões que tocam a vida dos indivíduos e da própria sociedade.
Entre as perguntas que você faz, eu colocaria ainda as seguintes:
* As reuniões públicas atendem ao princípo da interação comunicativa, permitindo a livre expressão do pensamento aos participantes, segundo o critério do dialogismo?
* O ambiente está preparado, com abertura suficiente para que os participantes possam sentir e expressar, por diversos modos, a sua satisfação por estarem ali naquele momento?
* A imagem do centro espírita junto ao ambiente comunitário é suficientemente forte para atrair os indivíduos interessados em conhecer o modo como a espiritualidade é vista e interpretada pelo Espiritismo?
Finalizando, é de se lamentar muitíssimo que muitas dessas casas espíritas são as mesmas em que o princípio da negação se encontra à frente do princípio da afirmação. Assim, em muitas delas, as proibições superam as liberalidades e estão na base do clima interno. Tudo é proibido e nada é permitido. Chega-se ao extremo de proibir a manifestação da satisfação pelo aplauso até mesmo em momentos artísticos, sob a preocupação do cuidado - logo se vê, excessivo - com uma certa disciplina interna. Privilegia-se o sofrimento em lugar do prazer.
Caro Fernando, te convido a conhecer meu blog, que muito despretensiosamente deseja divulgar a doutrina. http://chicoxavierecia.blogspot.com
ResponderExcluirColocarei este no meu RECOMENDO.
Abraçao.
Barreto