sábado, 17 de outubro de 2009

Mostra no Vaticano celebra Galileu


ROMA - Séculos depois de a Inquisição ter condenado o astrônomo italiano Galileu Galilei por ter dito que a Terra girava em torno do Sol, o Vaticano presta uma homenagem ao cientista, com a exposição Astrum 2009. A mostra reúne 130 objetos, entre instrumentos, mapas, maquetes, quadros, fotografias, manuscritos e livros. Entre os mais importantes está uma réplica do telescópio que Galileu usou em 1609 para observar as estrelas pela primeira vez – que marcou o nascimento da astronomia moderna.

Um astrolábio do século 16, assim como enormes globos celestes, um de 1567 e outro de 1696, também compõem a exposição e ilustram os conhecimentos astronômicos da época.
A exposição, considerada uma das mais completas já realizadas na Itália sobre a história da astronomia, apresenta também uma série de valiosos manuscritos, entre eles o original do Sidereus Nuncius, com os resultados de Galileu sobre suas observações celestes. Destaca-se também o Atlas das Estrelas de Johann Elert, elaborado em 1801.
Papel no universo
Tommaso Maccacaro, presidente do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica, diz que os objetos expostos mostram a importância que a astronomia teve no progresso do homem “e nos fizeram compreender que a Terra e o homem não ocupam uma posição ou um papel privilegiado no universo”.
– A mostra traz uma seleção de instrumentos que ilustram o percurso dos progressos feitos pela astronomia – diz
O evento, que começa hoje, foi organizado na sede dos Museus do Vaticano, como parte do Ano Internacional da Astronomia. O material ficará exposto até janeiro de 2010.
Galileu Galilei nascido em Pisa, em 1564, começou a observar a Lua e as estrelas com esse telescópio. Suas descobertas permitiram a ele confirmar a rotação da Terra em torno do Sol, teoria que já havia sido proposta por Copérnico. Galileu morreu em 1642.
Essas afirmações o fizeram ser perseguido pela Santa Inquisição, que o obrigou a negar suas teses. Somente em 1992 a Igreja Católica reconheceu que se equivocou em sua condenação. (JB Online)

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